janeiro 31, 2005

mr. jingles

are there truly extraordinary people in this world?
do we fail to see them because we're so self-centered?
maybe small miracles happen every day
perhaps all our days are influenced
by someone that we'll never know
someone we wouldn't even recognize
but that would stay forever with us
because kindness lives forever

angels could roam this earth without being noticed...

janeiro 30, 2005

stile nacht para a figadeira

mais uma saída cultural nas noites de Londres. embora desta vez se possa dizer que foi uma verdadeira viagem aos USA. o pretexto para a drinking night foi o aniversário de uma das minhas flatmates (não quero dizer com isto que ela saia ao paizinho, é mesmo uma expressão típica de cá...), a Michelle. o destino: Harlem. mas era mesmo Harlem, o restaurante/bar/pub/disco localizado em Westbourne Grove, perto de Notting Hill.

um barzito muito porreiro, apesar de ser ligeiramente pequeno, com uns sofazitos à maneira onde passámos a noite na galhofa, à conversa e, mais para o fim da noite, dançando. uma primeira nota do surrealismo londrino: as meninas e os meninos cá do burgo não têm grande propensão para a dança e, salvo raras excepções (que muito provavelmente não partilhavam a nacionalidade com o Benão), fazem uma triste figura na pista de dança, vulgo dénsseflóre. por isso, preparem-se para fazer furor! verdade seja dita, a música também não era nada por aí além e muito pouco dançável.

a figadeira desta vez teve descanso (diria mesmo quase uma folga) porque foi apenas regada com um par de Asahi, a bela da cervejinha nipónica. segunda nota do surrealismo londrino: uma das notáveis Asahi que veio para a nossa mesa de convivas sabia a vinagre... pergunto-me qual será o segredo milenar utilizado na preparação deste néctar da terra do sol nascente que faz com que a cerveja se transforme em vinagre. provavelmente foi ao passar da meia-noite e a Asahi transformou-se em abóbora vinagrenta, qual gata borralheira e seu vestido espampanante e sapatinho de cristal (um aparte: se tudo o que a cinderela ou gata borralheira ou o raio que a parta se transformou depois da meia noite, como é que o cabrão do sapato se manteve em cristal??? hiper-mega-tanga dos contos de fadas!).

a noite foi muito longa...not! devemos ter chegado lá por volta das 19h30, 20h e chegámos a casa às 2h30. ou seja, quando a noite em Lisboa começa, já está tudo ferrado a dormir (ou então a ferrar outra coisa nos one night stands...) em Londres.

mais momentos altos da noite só mesmo uma das convivas que arrancou um sorriso ao homenzinho do bar simplesmente por fazer duas perguntas. uma delas foi pedir o número de telefone, a outra foi perguntar o tamanho do guerreiro púrpura do senhor... enfim, ele há malucos para tudo...

hoje haverá certamente mais momentos surreais, uma vez que se prepara mais um encontro tuga canalhão. ah! a bela da saladinha de polvo espera por nós em Stockwell, não a podemos desapontar...

novo participante na grande competição...

Aqui fica a contribuição do grande capitão Ricardo "Sonic" Ferreira, desterrado algures no estado do Minnesotta e, pecado dos pecados, longe da sua amada redondinha...


Hosted by Photobucket.com


Fazemos votos para que toda a técnica evidenciada por este prodígio futebolístico do IGC não se perca devido ao frio...

janeiro 28, 2005

fahrenheit ou celsius?

ontem vi de novo o fahrenheit 9/11. a tv inglesa não brinca em serviço. no meio dos filmes mainstream lá vem de vez em quando um filmezinho decente.

mesmo no meio de todo o exagero e propaganda que o Michael Moore apresenta no filme, é possível ver o quão podre está o "polícia do mundo" e como o mundo gira graças aos interesses económicos de alguns indivíduos. e agora 4 mais anos do mesmo, apenas vai mudar o local. deixa-se o Iraque (afinal de contas, o país foi invadi...libertado pelos benevolentes EUA), onde a democracia é agora uma realidade, à semelhança do que acontece com o Afeganistão, e passa-se para o Irão (as reservas de petróleo do Iraque pelos vistos não são suficientes...).

mesmo guião, local distinto

enquanto houver países para invad... libertar, Bush e seus compinchas podem esfregar as mãos de contente. e encher os bolsos com mais alguns milhões de dólares...

entretanto, o mundo assiste impávido e sereno...

the day that work did set them free

passaram ontem 60 anos desde a libertação de Auschwitz. a inscrição macabra à entrada (arbeit macht frei) cumpriu-se finalmente, à custa de incontáveis vidas.

um dos acontecimentos mais marcantes da humanidade. que não pode nunca cair no esquecimento, porque a história tende a repetir-se...

janeiro 27, 2005

the telegraph like in the old western movies...

ultrapassada a barreira psicológica nos westerns
STOP
perdoem-me
STOP
mas vou entrar em pião
STOP

grande competição "ora mostre-nos lá a quantidade de neve que existe na sua cidade"

aqui fica a generosa contribuição da Joana, algures no meio da neve de Boston...


Hosted by Photobucket.com

complexo de trapalhoni

é bom ver como os estrangeiros se adaptam tão bem à cultura portuguesa. tomemos o caso da "velha raposa", esse vulto de sapiência futebolística que responde pelo nome de Giovanni Trapalhoni (ainda não responde a todos os outros nomes que os adeptos do glorioso insistem em lançar da bancada). há pouco menos de um ano em Portugal e já absorveu por completo toda uma cultura de um país.

para não destoar de um país que, tal como o Benfica, vive ainda no "meu tempo é que era..", Trapalhoni responde com decisões técnicas que se ajustam na perfeição. num país parado no tempo, nada melhor que ser pouco ambicioso, jogar na defensiva, não tomar riscos e esperar pela benesse ocasional do adversário. à espera de intervenção divina em muitos casos...

em tempo de eleições, eu até proporia o nome de Trapalhoni para PM... mas o que é certo é que, dentro da massa adepta do glorioso (os famosos 6 milhões...) já atingiu o estado de graça, aventaria mesmo o estado de santo, dada a quantidade monstruosa de lenços brancos que se agitam no ar cada vez que Trapalhoni deixa a Catedral da Luz. situação quase comparada a Fátima...

enfim, o que vale é que os adeptos do glorioso, como bons portugueses, estão habituados a sofrer e a calar... é o complexo de Trapalhoni que grassa pelo país

scaffolding erection

vou partilhar convosco algumas considerações do foro doméstico. antes que pensem que sofro de qualquer disfunção eréctil, o título refere-se ao facto das obras de remodelação do complexo habitacional onde resido terem começado. pouco tempo falta para que tenha a minha "casita" rodeada de andaimes e afins.

o calendário é extremamente animador, pois se vão demorar apenas 3 semanas para erigir todos os andaimes, adivinhem lá quanto tempo vai demorar a remodelação propriamente dita?

se disseram 20 semanas (sim, leram bem, não é gralha...) fiquem com a maravilhosa sensação de que poderiam ter ganho alguma coisa. eu sei que não server de muito mas é o que temos. bom, ao menos uma coisa boa vai sair desta verdadeira odisseia de construção. aliás, várias coisas boas. senão vejamos, janelas novas, porta nova (esqueira que sim, porque aquela já entregou a alma ao criador há bastante tempo... a fechadura então já deve estar a percorrer as encostas íngremes do Purgatório desde o final da segunda grande guerra) e, la piéce de resistance, picket fence nova!!!

eu sei que este post é um bocadinho triste, mas dêem-me um desconto. afinal até estamos em tempo de saldos... (o que me faz lembrar outra história, mas terá que ficar para mais tarde porque as minhas células anseiam que eu as lise e lhes retire o conteúdo por inteiro...)

janeiro 26, 2005

do the maths...

serve esta "posta de pescada" para um piqueno raciocínio matemático...

3 anos = 36 meses
3 meses = 1/12 de 3 anos
3 meses = 68 westerns
3 meses = 209 reacções de sequenciação
3 meses = 283 mini-preps

empregando uma singela regra de 3 simples...

3 anos = 816 westerns
3 anos = 2508 reacções de sequenciação
3 anos = 3396 mini-preps
3 anos = infindáveis dores de cabeça...

daqui a 3 anos espero ter ainda a presença de espírito para me lembrar de escamar mais uma "posta de pescada" com os resultados finais...

janeiro 25, 2005

and they say it may snow...

as previsões meteorológicas apontam para a queda de neve em Londres. realisticamente, as probabilidades de tal acontecer são baixas, cortesia do smog.

mas para quem esteve em Bragança este friozinho de Londres é quase como uma temporada nas Caraíbas...

entretanto, back to work enquanto se reaprende o bê-á-bá (leia-se Phoenix e o seu "Alphabetical")

janeiro 24, 2005

sometimes i wish i was color blind...


Hosted by Photobucket.com

simple things

a single kiss
the taste of your lips
the sole thing i need
to bring back the breath i miss
to inflate my numb body
with life once more

a single touch
the feeling of your skin
pressed against my own
hand holding your hand
i've longed for it
longed for it too much

a single fragrance
the odour your possess
the one i want to unravel
savour every breath
dive into and indulge
clinging onto it after we part

a single look
the sparkle in your eyes
whenever we're together
is all i need to see
to make me feel alive
on the inside

a single word
the sound of your voice
feelings and thoughts
is what i aim to hear
all condensed into
three little words

space age

every life is a star on its way to become a nova...

janeiro 23, 2005

lar doce lar

if home is where the heart is, then i guess that my home is you...

janeiro 22, 2005

olho kunami fresquinho! (ou como um sabado em Londres se pode tornar numa experiencia intensa de surrealismo...)

sabado, 22 de janeiro de 2005. tudo começou como outro dia qualquer. acordar cedo (o famoso cedo erguer...), tratar das compritas do fim-de-semana e zarpar para mais um encontro de tugas canalhões.

objectivo: portobello market, para a continuação das compritas de fim-de-semana, em versão frutólegume...

como sempre o encontro foi à porta do farol (leia-se catedral de Westminster... mas como a torre deve ter à vontade 12 andares mais parece um farol). 10h45m, mais coisa menos coisa. o senhor engenheiro, dótôr palonço aparece com o seu "andar novo", cortesia do mestre de shaolin boxing. no dia anterior tinha ido pela primeira vez a uma aula de shaolin boxing e, como boa cobaia, teve que se sujeitar às práticas de (quase) mórbido sadismo por parte de um velhote chinês (que obviamente não falava puto de inglês...) com metro e meio. ele bem que sabia o que o esperava assim que viu o cabrão do velho a olhar muito para ele e para a outra vítima inocente de nome Paul (também ele uma futura espetada...).
resultado da sessão de shaolin boxing: o menino sai de lá com um andar novo, versão esclerosada que não lhe permite subir e/ou descer escadas como uma pessoa normal... (também não é assim tão mau, porque quando estamos juntos até nem destoa, dada a minha forma peculiar de locomoção, carinhosamente apelidada de "andar aos saltinhos"... enfim, um verdadeiro par de jarras...).

lá fomos nós para portobello market, que se situa muito perto de notting hill. seria uma viagem muito rápida caso o metro colaborasse. mas ao bom velho espírito tuga, este fim-de-semana resolveram mais uma vez fechar as linhas verde e amarela (district e circle para satisfazer a ávida veia enciclopédica dentro de vós...) por causa das obras de substituição dos carris...

chegámos a portobello market, andámos lá a dar umas voltas (matrioskas para cá, máquinas fotográficas do séc. xix para lá...) e finalmente chegámos à zona dos produtos frutóvegetálicos...
primeiro foi a compra dos vegetálicos. até aqui tudo bem. depois veio a parte dos frutó... chegámos a uma barraquinha com uma senhora lá no meio a apregoar os seus belos frutinhos. 6 mangas a uma ponda, 8 laranjas a uma ponda, 10 bananas a uma ponda, etc. e tal. o que é que os tugas pensaram logo? bom, grande negócio, compramos esta cena toda a meias e levamos mais do dobro que levaríamos pelo mesmo dinheiro em qualquer outro lado.

se assim pensámos, mais depressa o fizémos... toma lá as pondas, dá cá a fruta, ta da velha. de assinalar que por esta altura já andava o menino que a ajudava a carregar caixotes de fruta de um lado para o outro (enquanto falava qualquer coisa que não se entendia... são loucos estes ingleses! - mais à frente abordarei novamente este assunto porque acho que consegui descortinar o que ele estava a dizer...).

pronto, missão cumprida. chegámos, vimos e comprámos.

toca a voltar para trás. o que é que as pessoas normais fariam? voltar para trás pelo caminho inverso, certo? pois está claro que fizémos exactamente o oposto. continuámos a andar, a andar, a andar (passámos pelo flea market, equivalente da feira da ladra para os osgas...) até que saímos do mercado. continuámos a andar até que tivémos a ideia peregrina de ver onde estávamos no mapa do Hugo.

[abro aqui um pârentesis (e não é um qualquer, é dos rectos!) para deixar umas palavrinhas em relação ao mapa do Hugo. aquilo já não se pode chamar de mapa, é mais um sortido de pequenos pedaços de papel que, por obra do acaso, têm desenhados as ruas de Londres, dado o seu estado (deplorável) de conservação (melhor dizendo, decomposição...). fecha parêntesis]

vemos no mapa que estamos completamente do lado oposto de onde queríamos estar. ok, volta para trás. até que já estávamos a estranhar não andarmos muito como de costume. a parte boa é que passámos por uma patisserie de seu nome Lisboa, ou seja, de tugas. típico café tuga, com o seu azulejito creme nas paredes, bolo rei na montra e outras preciosidades tipicamente tugas.

andámos mais um bocadinho até à paragem de autocarro mais próxima. lá apanhámos um autocarro para Oxford St e fazíamos tenção de apanhar aí o metro para ir para Victoria. chegados a Oxford St, o autocarro decide que a paragem tem que ser a mais longe possível da boca do metro. como estávamos carecas de andar, vimos que podíamos apanhar um outro autocarro para Westminster, ou seja a "walking distance" de casa do Hugo. lá veio o autocarro (um "double decker" dos mais velhotes em que se entra e sai pelas traseiras...) e lá fomos nós. chegámos a Westminster e...

...passámos Westminster. passámos para o outro lado do rio. ainda começámos a andar a pé, mas como era um bocadinho longe e o Hugo estava em "esclerosado mode" lá ficámos na paragem para cometer mais um acto de podridão e apanhar um autocarro por uma ou duas paragens. mas vá lá que desta vez ficámos na paragem certa...

próxima paragem, a casa das pizongas! lá fomos quemer a bela pizonga que caíu que nem ginjas apesar de nenhum de nós gostar assim tanto de ginjas... já mais aconchegadinhos na parte estomaco-abdominal, fomos até casa do Hugo para dividir a bela da frutinha pelas aldeias.

aqui continua a saga do surrealismo, mas desta vez provocado. como sabem (se não sabem ficam a saber...), os visitantes da casa do uígra (ou em inglês, Wigram House) onde o por-todos-estimado palonço actualmente reside, têm que assinar à entrada. para tal têm que pôr o seu próprio nome e o nome de quem vão visitar. uma tradição milenar, instituída em Setembro de 2004, manda que os visitantes alterem o nome do visitado. quem não cumprir esta tradição arrisca-se a ficar nos 4% para toda a vida (os 4% referem-se à percentagem de pessoas estrangeiras que afirmaram numa sondagem sobre sexo que nunca tinham tido relações desde que chegaram ao UK - palpita-me que falhei esta tradição pelo menos uma vez...).
a tradição teve já momentos de rara beleza com os nomes emblemáticos de Hugo Castanho e Hugo Castanholas entre outros que agora não me vêm à memória. mas, a partir de hoje, nova tradição se instituíu, com parâmetros mais rigorosos e difíceis de superar. pois não só o nome do visitado foi alterado, mas também o do visitante e, ainda para mais, com alguma lógica à mistura.

... imaginem o rufar de tambores por favor...


cá está, o senhor Paulo Riberalves visitou hoje o senhor do quarto 702 da casa do uígra, de seu nome Hugo Bacalhau à Brás...

resta acrescentar que o Hugo não conseguiu estar ao pé de mim quando escrevi isto no livrinho e que eu tive que fazer um esforço monumental para não começar à gargalhada à frente da menina da portaria...

já na cozinha do palonço, abrimos o belo do saco da fruta e, qual não é o nosso espanto, temos um deja vu que nos recorda do milagre das rosas da Rainha Santa Isabel. mas no nosso caso, a bela fruta que tínhamos comprado umas horas antes e que parecia tão bonita e um tão bom negócio transformou-se no belo do kunami! ao menos estava fresquinho, derivado ao frio que se fazia sentir em Londres no momento da compra e transporte da suposta fruta...

volto agora ao senhor e ao seu "mumbling". o que ele estava a dizer entredentes era algo como isto: "uivefuledeanóderuone". ou seja, "anda-te embora maria que já enganámos mais uns papalvos...".

depois da desilusão com o kunami, a solução para retemperar o espírito foi mesmo assistir à primeira parte de um jogo de rubgy. nada melhor do que ver 30 marmanjos com cerca de 100kg cada aos encontrões, pisadelas, agarranços para uma pessoa se sentir menos mal... é verdade, pelo meio havia lá uma bola de forma esquisita e parecia mesmo que estavam a jogar um jogo porque havia pontuação. adiante...

depois do momento de relax, lá nos decidimos (e em muito boa hora) a visitar o museu de história natural. qual a razão para tal visita, perguntarão vós? muito simples, a exposição de Wildlife Photographer of the Year 2004.

mas, antes de chegar ao museu, numa viagem de metro passando por míseras 4 estações, mais um momento surreal... um senhor alegremente falando na carruagem do metro. a princípio ainda pensámos que estivesse a falar com alguém, mas cedo descobrimos a triste realidade. sim, estava mesmo a falar sozinho. é claro que quando nos apercebemos disso foi difícil controlar o riso. tanto que o Hugo teve que fazer uma retirada estratégica para o outro lado da carruagem. não tive a mesma reacção e, portanto, tive o (des)prazer de assistir ao máximo expoente da loucura enquanto o homem falava com a própria carteira, com o bilhete do metro, beijava a carteira, não parava de falar, ria para si próprio, eu sei lá. o meu cérebro fez o favor de esquecer grande parte da viagem...

bom, quanto à exposição propriamente dita, só se me apraz dizer simplesmente espectacular. se tiverem a oportunidade de vir a Londres até 17 de abril, aconselho vivamente que vejam a exposição. se, como bons tugas, acharem que as 3 libras (desconto de estudante porque o normal são 5...) que se paga pelo bilhete é um bocadinho abusivo, percam tempo a contemplar as fotos no site. mas acreditem que ao vivo as fotos ganham muito mais. aqui e acolá ficam as escolhas pessoais para as fotos mais marcantes.

e pronto, aqui fica o relato de mais um fim-de-semana na terra dos osgas. como vêem Londres tem o seu quê de surreal...

janeiro 21, 2005

xxi century alter ego


Hosted by Photobucket.com

e quando o pites ameaça a propria familia...

who are you gonna call?

Prontuário da Língua Portuguesa-busters!!

um dia...um dia tao bonito, e eu nao...

olhos nos olhos
os lábios percorrem todas as curvas
do teu corpo
as mãos encontram-se
frenéticas
selando o momento de paixão
apagando o mundo em redor
nada mais existe
nada mais importa
quando estamos juntos
enquanto os nossos corpos
satisfazem o seu desejo
escondido
os corpos movendo-se
em uníssono
como um bailado
coreografado e ensaiado
vezes sem conta
a sincronia de movimentos
aliada à simbiose de sensações
o mundo muda
pára
o céu e a terra tocam-se
num instante fugidio
enquanto o suor escorre
pelos corpos
extenuados

"...um dia...um dia tão bonito, e eu não..."
a naifa - meteorológica

silly love song

i wrote a song today
it started like any other day
until i thought of you
i wrote a song today
i thought of what i wanted to say
but never said it to you

feelings are blurry
inside of my mind
i guess i'm just scared
of what i will find

i wrote a song today
i played it in my mind all day
but never sang it to you
i wrote a song today
i wish that you could hear it someday
since i wrote it for you

i need to feel needed
i know it's too much
i'm desperately seeking
for some human touch

i wrote a song today
a song to drive the sadness away
and bring me closer to you
i wrote a song today
i hope i'll sing it to you someday
so that you know that
i
love
you
.
.
.

janeiro 20, 2005

...thoughts he can't help thinking...

it's hard to plan ahead when you don't see where the road leads to...

a short trip down memory lane - escape from unethical brick road

here are you're farewell gifts...

"Nothing shocks me. I'm a scientist." (Indiana Jones)

"If we knew what we were doing it wouldn't be called research, would it?" (Albert Einstein)

words of wisdom

#1 - India-style: "Never be late. Unless it's your own funeral..." / "If you're out of focus, don't expect everybody else to wear glasses..."

#2 - Rua da Murraça, arredores de Espinho: "Como diz a minha mãezinha: É cagar e andar que é merda a fartar..."

#3 - Tyler Durden: "...the things you used to own, now they own you..."

janeiro 19, 2005

mnemonica cientifico-ridicula...

DIAP: Drosophila Inhibitor of Apoptosis Protein (AKA Dedica-te Imediatamente À Pesca...)

spirits in the material world

000000000000000000000
001001010010001000100
010101110101010101010
010101110101010100010
011101010101011000100
010101010101010100000
010101010010010100100
000000000000000000000

sleepless in london

a cidade dorme
os prédios encerram os seus ocupantes
como casulos de betão que transformam
lagartas nocturnas e cansadas
em vibrantes borboletas matinais
o ruído reduz-se a um murmúrio
como o som do bater do próprio coração
a lua ilumina as ruas e vielas
qual holofote estelar vigiando os passos de todos
presos num universo sem grades
fechados no próprio corpo e mente
a cidade dorme
sonha
intensamente
imagina o futuro
analisa o passado
digere o presente
a cidade dorme e sonha
enquanto a insónia me persegue
embala-me até adormecer...

janeiro 18, 2005

nemesis

atg ggt tgg tgg agc aag aaa agc gag acg
gat cgc agt cag ccc agc cag gaa ctg gtg
gcg cag gac ccg cgc aca cga gtc cag act
acg agt gca gcc acg gag acg acc aac aca
gcc gtg caa aac tcg acc ata acg gac aac
aac aag cag acg hello gtt acc ttt ctc acc acc
cgc cag acg gtg acg my cac acg cag cgg gcg
ctg atc acg gag acg name aca acg cga cgc acg
cct agt is cag gcg gag tta gag gct ctc ttc
gca aag ata strica aag atg ggc ggt gag gga ccc
att ggc tcc acc acc and acc act acg acg acc
acc tcc tcg cgc tcc i'm cga ccg ccc agt ttg
aac ggc gonna gtc tcc ttt cgc tcc aca caa ccc
ttc aaa gcc acg gca agc aat make gct ggc aaa
cgg tca agc acc tta gtc your aag acc gag cag
acg aca gtg life acc caa aag aat ggg cgc acg
gtc acc cag cac a ctg gag act cat aga gtg
gac ctc aag gga agt living cga cct aag gcg acc
tgg gcg tca ttt hell gcg tcc act gca aac agc
tca aca tcc agc tac for gtc tca cct tat cgt
cag aag the cca agc atg gcc ata act tgc aca
tct ccc aac atc aag aca cca next aaa acc act
agc tcc acg tcc three agt tcc agt gcc agc tcc
att acg agt ccg ccc aaa and cca tca tca tct
gta tcc tcc att tca agc att ttc a aag tcc
gct ccc aag caa gtt gac aag ccg half ctc
agt tct acc gca years act ccc aag ccc ttc
att agt ctg gga tcg so tca gga ggc acc
aag just ccg aag gtc act gcc gtc gcg caa
tcc caa sit gat gcc cag ggc acg att tca
acg agc ctg back ggt atc tcg aaa tca agc
ctg acc aag aac and aaa ctc aag ccc gcc
cgg gtg tat atc ttc aac relax cac gag cgg
ttc gat aac while aag aac gaa ttc cga aag
gga agt gcc cag you gat gtg aag gtc ttg
cgc gcc acc still ttt gag cag ctg aag tgc
aaa gtg gaa gtt att aca gat can gca acc
ctg gtc acc att you aaa aaa aca gtg cga
atg ttg see caa acc aag gac ttt gag gac
aaa agc gct nobody ctg gtc ctc gtg atc ctc
agt cat gga acg cgc cac gac knows cag atc
gca gca aag gat gac what gac tac tcc ctg
gac gac gac gtt gtt ttt ccc att the ttg cgc
aat agg acg fuck ctt aag gac aag ccc aag
ctg att ttc gtt cag i gcc tgc aag ggc gac
tgc caa cta ggg ggc do ttt atg acc gat gcc
gcg cag ccc aat ggg tct and ccg aat gaa
atc ctc aag tgc even tat agc acg tac gag
gga ttt gta tct ttt cgc how acg gag gac gga
act cct ttt att cag aca ctg i tgt gaa gct
ctt aat cga tcg ggg aag look act tca gac atc
gac acc ata atg atg aat gtg like cgt caa gtg
gtt aaa atg caa yours tcc aaa gac cgc caa att
cca tct gtc act agc act truly ctt acc tct aag
tac gtt ttt gga strica gat tat att tga

a typical tuesday morning in London...

it's not wind...
it's not dew...
está mais frio que a puta que te pariú...

ps: desde já as minhas desculpas pelo erro ortográfico acima. tudo pelo amor à arte...

janeiro 16, 2005

deep water - version 2.0

time o tempo gave you deu-te scars cicatrizes sooner muito antes than i de eu would expect as esperar most of them a maioria in plain sight à vista de todos the deepest ones as mais profundas are inside you estão no teu âmago your as tuas magical mãos hands mágicas follow percorrem the o path caminho of the dos ancient antigos the one aquele that que no one mais else ninguém followed seguiu the one aquele that que left te you deixou much demasiado too soon cedo although apesar you de never nunca o said teres it dito i eu know sei you que love me me amas half metade of daquilo what que i sou am of de tudo everything que i alguma que vez ever fiz did is é all tudo due devido to a you ti you tu gave deste-me me the o greatest maior of dos gifts dons a my minha life vida

deep water

a
f
t
e
r

a
l
l

i
t

r
u
n
s

i
n

t
h
e

f
a
m
i
l
y
.
.
.

as the sun sets...

conheço o teu olhar cansado
de primaveras estéreis e verões secos
demasiadas vezes senti
a dureza do teu olhar
pairando sobre mim
não poucas foram as ocasiões
em que te desejei conhecer
ao contrário dos outros
não te temo
não perco tempo a pensar em ti
não me preocupo com o nosso encontro
juntos brincamos todos os dias
analisando os teus comos, quês e porquês
ambos fascinados pela queda das folhas
para ti natural
para mim fascinante
para ambos
inevitável

janeiro 14, 2005

one man show (on his birthday...)

pois é, neste solene dia não poderia faltar a tardia mas merecida homenagem a esse vulto do panorama musical português. o verdadeiro homem dos 7 instrumentos, o frequentemente aclamado one man show que responde pelo nome de Cool Blue. Alter ego desse enorme vulto, responsável pelo moldar das imberbes mentes das crianças e jovens portugueses no que diz respeito à Biologia e afins.

aqui fica a homenagem no dia do aniversário e da mega festa em sua honra. espera-se um verdadeiro espectáculo de música, luz, côr e muito calor. prevê-se também um espectáculo pirotécnico (também apelidado de apoteose feérica da noite) e, pelo meio, cobras, anões e mulheres nuas. todos os ingredientes de uma noite bem passada...

despeço-me por esta semana com um abraço de amizade e até a uma próxima. um grande bem haja para todos e, se fôr caso disso, bem f@@@@.

eu nao acredito em bruxas, mas que as ha, ha - parte III: as bruxas tambem se abatem

pois é, serve esta para desconstruir esse mito que foi criado ontem... afinal de contas, o dia até nem acabou assim tão mal. mais um pequeno passo para a humanidade em particular (na realidade um baby step, e muito provavelmente de um pigmeu...), e um passo ainda menor para a ciência em geral

mais uma caixa de pandora aberta. cada experiência que faço abre um mundo de possibilidades, cada uma delas mais trabalhosa que a outra. quantos géis podem ser feitos em 3 anos e meio? tenho que fazer uma estimativa por alto, mas ao ritmo de 50 por cada 3 meses o panorama revela-se bastante interessante. e as desgraçadinhas das Drosophilas à espera que eu lhes ponha as mãos em cima. por este andar ainda vão ter muito que esperar antes que vos acaricie as asas e os rough eyes apoptóticos...

eu bem que não acredito nelas, mas que as há, há. só que ontem estavam a dormir...

note to self: da próxima vez que o dia correr mal, esbofetear-me antes de começar a dizer parvoíces (pelo menos mais parvoíces que o normal)

janeiro 13, 2005

eu nao acredito em bruxas, mas que as ha, ha - parte II

esta sequela é só mesmo para assinalar o facto de que é dia 13...
não é sexta-feira, mas é 13. é quanto basta para inventar já uma superstição

agora é só carregar as balas e ser o mais rápido a sacar...

eu nao acredito em bruxas, mas que as ha, ha

estuporado dia este...

a lei de murphy em todo o seu esplendor, pela primeira vez desde que cheguei ao lab. tudo (mas mesmo tudo...) aquilo que poderia correr mal hoje, correu. pelo que me espera um belo serão aqui a trabalhar. primeiro que acabe o belo do Western (e não, não é um filme de cowboys ao contrário do que muita gente pensa...) ainda tenho muito que penar.

só falta que o Western não dê nada e que portanto vá para casa (ainda mais...) desapontado. é em dias destes que me pergunto o que é que ando aqui a fazer. mais valia ter ficado em casa de papo para o ar ou a dormir, que o resultado final seria exactamente o mesmo. e ainda poupava dinheiro ao lab.

mas não. eu e esta mania de querer trabalhar... até parece que não sou tuga. devo ter uma costela de japonês (ou chinês ou coreano) - um aparte, não é nada contra os senhores das respectivas nacionalidades, é só uma constatação de um fenómeno sociológico ao nível da investigação científica - para aguentar estes dias com um sorriso nos lábios.

mas por dentro... uma fonte de ignição mal localizada e lá seria eu a prova material da combustão espontânea. dá mesmo vontade de começar para aqui a mandar bujardas e a praguejar pelos cantos. assim como assim ninguém percebe mesmo o que eu digo...

enfim, a vida não é justa nem teria piada se fosse...

back to work. tenho que polir o 6-shooter para o Western...

janeiro 11, 2005

leT my love open The dooR - peTe Townshend

when people keep RepeATIng ThAT you'll neveR fAll In love
when eveRybody keeps ReTReATIng, buT you cAn'T seem To geT enough
leT my love open The dooR, leT my love open The dooR
leT my love open The dooR To youR heART

leT my love open The dooR

when eveRyThIng feels All oveR, eveRybody seems unkInd
I'll gIve you A fouR-leAf cloveR, tAke All woRRy ouT of youR mInd
leT my love open The dooR, leT my love open The dooR
let my love open The dooR To youR heART

leT my love open The dooR

I goT The only key To youT heART
I cAn sTop you fAllIng ApART
TRy TodAy, you'll fInd ThIs wAy
come on And gIve me A chAnce To sAy
leT my love open The dooR, It's All I'm lIvIng foR
ReleAse youRself fRom mIseRy
TheRe's only one ThIng goIng To seT you fRee
ThAT's my love, ThAT's my love

leT my love open The dooR To youR heART

when TRAgedy befAlls you, don'T leT iT dRAg you down
love cAn cuRe youR pRoblems, you'Re so lucky I'm ARound

leT my love open The dooR
leT my love open The dooR To youR heART

janeiro 09, 2005

there may not be another way to your heart so I guess I'd better find a new way in

it's all around
wherever i go
whatever i do
so why fight it?

music always says it better...


-sweetest goodbye- maroon5

where you are seems to be
as far as an eternity
outstretched arms open hearts
and if it never ends then when do we start?
i'll never leave you behind
or treat you unkind
i know you understand
and with a tear in my eye
give me the sweetest goodbye
that i ever did receive

pushing forward and arching back
bring me closer to heart attack
say goodbye and just fly away
when you come back
i have some things to say

how does it feel to know you never have to be alone
when you get home
there must be some place here that only you and i could go
so i can show you how i
dream away everyday
try so hard to disregard
the rhythm of the rain that drops
and coincides with the beating of my heart

i'll never leave you behind
or treat you unkind
i know you understand
and with a tear in my eye
give me the sweetest goodbye
that i ever did receive

pushing forward and arching back
bring me closer to heart attack
say goodbye and just fly away
when you come back
i have some things to say

how does it feel to know you never have to be alone
when you get home
there must be some place here that only you and i could go
so i can show you how i feel

janeiro 08, 2005

the smallest oceans still get big big waves...

as palavras são incapazes de descrever a dimensão da catástrofe
a força desmesurada dos elementos que tudo arrastou à sua frente, deixando apenas destroços
casas
cidades
pessoas
e até vidas

mais uma prova da nossa pequenez, da fragilidade inerente à condição humana
mais um exemplo de como tudo pode mudar num segundo
mas, apesar de todos os exemplos o mundo continua imutável
o fio condutor da humanidade não se desvia sequer um milímetro
e a história acaba sempre por se repetir

as feridas sararão a tempo do próximo corte
tem sido assim desde o princípio dos tempos

os oceanos ganharão volume depois desta tragédia
as lágrimas dos que ficaram encarregar-se-ão disso...

janeiro 06, 2005

i'm open...

thank you all
for listening what i had to say
for allowing me to share my heart with you

i just wished i could speak up
when i need to
when i have to
instead i find it easier
to put my feelings into words
words can be misleading
too subtle
or too strong

slowly i'm opening up
rebuilding bridges
strengthening the existing ones
finishing chapters and moving on
with hope in my mind
that this feeling in me
keeps growing with time
despite the distance

thank you all...

janeiro 05, 2005

fear not, my love...

não tenhas medo
de mostrar quem és
aquilo que as tuas veias carregam pelo teu corpo
aquilo que levas dentro de ti
que raramente transparece

não te feches para o mundo
não guardes aquilo que anseia
sair e ver o dia
aquilo que quero conhecer
como nunca ninguem conheceu

porque eu sei que és muito mais
mais do que o que os outros pensam
sinto-o nos teus olhos
vibrando com a intensidade
do que sentes por dentro
olhos agora longe
mas que estão sempre
comigo

janeiro 02, 2005

everybody's changing...

starting the new year like i ended the last. dreaming of you.

...and i don't feel the same