outubro 22, 2005

the odd lemming

parado diante do precipício. contemplando o vale coberto de neve. [o sangue seco nos flancos] vai recomeçar a dança. como uma macabra dança das cadeiras, na qual a inexistência de um local seguro equivale à morte. [todos, excepto ele] todos riram, antes. [incisivos aguçados penetrando a carne] nenhum ri, agora. [os corpos destroçados, as entranhas ensanguentadas no planalto] era ele o único, aquele que era diferente e, como tal, abandonado pelos restantes. [o orgulho traíu-os] abandonado também quando o esquadrão da morte devastou tudo e todos. [a diferença salvou-me] como será agora? [a selecção o dirá] salvar-me-á a minha côr de novo?

1 ex troardinary remarks:

Blogger Ana Elias wrote...

EM PORTUGUÊS!!!! O Paulo escreveu em português... god bless you, que é como quem diz Dus te abençoe. Adorei... as feridas e a dança das cadeiras inspiráram-te...
Escreves tão bem em tuga, rapaz! [(gostei muito destes)].

23/10/05, 11:21  

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