maio 08, 2006

use your illusion

no dia anterior ao teu (por duplo direito), a pergunta que se repete. o sangue que nos une deveria ser suficiente para quebrar a ilusão do regresso do filho (por estes anos, não muito) pródigo. é a distância que nos consome. dia a dia. são os silêncios (carregados de preocupações nunca proferidas, muito menos discutidas) que ocupam os telefonemas. são (principalmente) as palavras que nunca dissemos que nos cortam. elas são o sal nas feridas que nunca sararam ao longo dos anos. és metade de mim e nem me conheces. nem eu a ti. como se nas veias corresse um líquido avesso à intimidade familiar, carregado de culpa...