corpus amygdaloideum
nem sequer te conheço, mas acho que te odeio. com todas as forças, desde que me lembro de mim. tudo em ti me enoja, me repugna. a minha pele revira-se só de pensar que existes. a tua voz trespassa os meus tímpanos. as tuas angústias cortam-me a carne, deixando feridas abertas, dores lancinantes. as tuas lágrimas são ácido que me come os olhos. deixas-me cego. cego de fúria por deixar que me afectes. o teu olhar vazio projecta-se atrás dos meus olhos. um vácuo que consome tudo à sua passagem. e, no vácuo, ninguém consegue ouvir os meus gritos...