março 15, 2005

bau

carta no cimo da mesa azul
sorriso pueril e furo no sapato
laço azul e abraço de amizade
correria no labirinto escavado
som estridente do 48
bola saltitando na rua
derrapagem quase fatal
urbe desconexa e aldeia litoral
pêlo a branquear com teimosia
toque fatal consecutivo
encosto inocente e transbordar da barragem
abrir dos botões e suavidade nos dedos
central nuclear diariamente despercebida
caminho aberto descartado
mudança fraternal mesmo ao lado
rasgar do guião e confusão geral
asas pesadas
vôo demorado
papel em branco perpétuo

1 ex troardinary remarks:

Blogger Zorze Zorzinelis wrote...

Quanto a mim, enquanto mero curioso das palavras, considero este um belo exercício! Essas asas estão bem abertas e as folhas do teu caderno da blogosfera nunca deverão ficar em branco. As imagens estão lá e são nítidas para mim. O medo de não conseguir olhar com a caneta o tanto que há para olhar à nossa volta…

17/03/05, 14:59  

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